6 de junho de 2009

Everyone is overjoyed

Resenhar sobre determinado álbum ou determinada banda é algo tão pessoal que às vezes o que escrevemos sai intimista demais pra ser postado. Quando se gosta mais do que o normal da banda então, aí vira depoimento apaixonado. Mas não se tem muito o que fazer quando esse estado de espírito apaixonado nos toma: é entregar-se aos delírios da paixão auditiva, sem cerimônias ou parcimônias. O que fazemos absurdamente, então, é recomendar a quem gostamos o que nos fez trêbados de paixão. O que ocorre depois é a frustração de saber que teu semelhante não aprecia as mesmas coisas que você aprecia, muito menos na mesma intensidade. E nem é pra gostar, paixão não se explica. Nenhuma delas.
Então não vou explicar porque acho o Circulatory System uma banda tão quente, tão bonita, tão maluca e tão apaixonante; não vou explicar o porque do Signal Morning, de 2009, ter sido uma das coisas sonoras que mais eperava esse ano (e outros atrás); que, apesar de meio previsível, não foi decepcionante ver que os barulhos e a densidade da mais bela psicodelia dos anos sessenta junto com a sinceridade do verdadeiro espírito lo-fi continuam vivos nesses caras vindos de uma cidade muito especial localizada em pleno território capitalista e imperialista (haha). Talvez explique tudo isso em outras postagens, mas nessa não. Pra hoje ser fã basta.

Um comentário:

e ae?