31 de maio de 2009

Frutinhas exóticas

Pra algumas pessoas (aliás, pra todas), é complicado ouvir Frank Zappa, sem nunca ter ouvido falar do sujeito, num belo sábado ensolarado por recomendação de algum amigo maluco e não achar tudo uma completa viagem ácida de gosto duvidoso. Mas como é sábado (e é o Frank Zappa, que todos os amigos do seu amigo maluco falam muito bem no bar, enquanto viram o caneco), você não chega a deletar o disco baixado (claro que foi baixado) e ouve-o meses depois, não achando tão ruim como da primeira vez. Aos poucos você vai “enxergando” (com a orelha) coisas não tão malucas no meio das músicas, vai percebendo que todas as coisas que gostamos em outras canções estão ali, mas de um jeito estranho, mais, digamos, misturadas, ou ordenadas de um jeito diferente e não tão habitual. Acontece algo parecido com o "Blueberry Boat", segundo álbum do Fiery Furnaces: as músicas nunca terminam do jeito que começam, as letras são desconexas ou parecem piada interna dos dois irmãos, as melodias são estranhas, o compasso muda toda hora: é tão inconstante que chega a dar vontade de avançar as músicas que nunca acabam. Até que a música muda, e te agrada, o que faz você desistir de passar pra próxima (ou não, e você desiste do álbum e o deleta; afinal quem é Fiery Furnaces pra ser comparado ao Zappa???). Enfim, é um álbum intrigante, bonitinho e complicadinho, mas nem tanto.

(...)

Primeiro post do blog, que se propõe escrever sobre coisas que gostamos; a princípio, música. Somos Ludymylla e Regis, estudantes descontentes com a classe (haha) que têm muitas coisas pra fazer além de ouvir música, e fazem. Ou não. Agradecimentos a Leonardo B. por ajudar na arte do blog. Beijo, Leo!


4 comentários:

  1. Ha...adorei, já baixei incruzivy, espero os próximos posts (postes -rs)...adoro as críticas casuais no estilo "impressões musicais a partir do olhar da mesa de boteco"...mal posso esperar o próximo.

    bjokas

    thadeu,

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  2. Hahaha, eu nunca ouvi esse album, que vacilo!! Legal o texto Régis. Adoro o jeito informal de escrever. :**

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  3. Regis Babe, meu querrido. Adorei o post. O Zappa pra mim é demais. Demais no sentido de too much, sabe? Too much loucura. Deve ser pq quem me apresentou a ele foi meu tio músico que é louco e ouve Zappa no último dentro do carro... mas ouvirei de novo, com mais carinho.

    =*

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  4. E ae Réjão!!!

    Logo no seu primeiro post já me arrisco a conhecer esse som.

    Depois passo minhas percepções.

    abraço.

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e ae?